4 de nov. de 2012

GamerArt - Ouya vem com tudo


A CEO Julie Uhrman anunciou que o console Ouya, de código aberto e plataforma Android, está em fase de teste de verificação de sua engenharia, e deve ter seus kits de desenvolvimento entregue a estúdios até dezembro. A informação foi dada no blog oficial do videogame.



Conheça o Ouya, novo console que chega para disputar com Xbox, Playstation e Wii
Além disso, a executiva disse que o aparelho terá a última versão do sistema Android, chamado de Jelly Bean. "Estamos nos atualizando da antiga versão, o Ice Cream Sandwich, para garantir que funcionará no software mais atualizado disponível", escreveu.
O nascimento de Ouya começou no site de crowdfunding Kickstarter, quando 63 mil pessoas doaram US$ 8,6 milhões para o projeto. O console deve chegar às lojas em março de 2013.


Quem é o Ouya?

O Ouya é um console com plataforma aberta, que traz liberdade de criação para o mundo dos videogames de mesa. Ele é feito com base na plataforma Android e terá um mercado de jogos online. A máquina chegaria ao mercado com um preço inferior a US$ 100.

Qualquer produtora de games pode desenvolver jogos para o console, inclusive independentes. Contudo, com uma condição: os jogos devem ser gratuitos, pelo menos por um período. O Ouya suporta games em alta definição. A empresa afirma que a plataforma consegue rodar jogos AAA (títulos de primeiro escalão, como Call of Duty, Battlefield, Assassin's Creed, Fifa), e também pequenos games independentes. Nenhuma franquia está confirmada para a máquina.

Os aplicativos Android, como os comunicação e troca de dados, iriam rodar no console. De cara, ele viria com TwitchTV como opção de mídia. A máquina tem uma configuração padrão, mas a empresa afirmou que vai estimular o proprietário a alterar seu console. Hackers podem mudar o sistema, o hardware pode ser incrementado. E a atitude não vai afetar na garantia.

Ouya no Brasil

O console poderia ser prejudicado no Brasil pelo acesso a internet com baixa velocidade. Como a distribuição de jogos seria focada no download a partir da loja virtual, isso poderia ser uma barreira para o brasileiro adquirir um Ouya.

Essa ideia chegou a passar pela cabeça de Microsoft e Sony, contudo ambas desistiram de retirar o driver físico de seus futuros consoles justamente para não perder mercado em países que ainda não contam com uma conexão de internet com qualidade superior.

A Oitava Geração e o Ouya

A Oitava Geração está ganhando forma e, ao contrário da Sétima, ela deve voltar a ter um grande número de concorrentes. Das gerações modernas, só a Quinta (de Sega Saturn, PlayStation e Nintendo 64) e a Sétima (e atual) tiveram três máquinas disputando o público. No quadro atual, parece que cinco consoles vão dividir os gamers: Wii U, Playstation 4, Xbox 720, Ouya e um console da Valve, que ainda não ganhou nome.

O primeiro a ser lançado foi o Wii U, da Nintendo, que deve chegar ao mercado no final de 2012. O segundo, contudo, deve ser um novo concorrente. Ultrapassando no calendário Microsoft e Sony, a Ouya quer colocar seu console no mercado o mais rápido possível.

A máquina está em fase final de desenvolvimento e, para finalizar o projeto, a empresa abriu uma conta no Kickstarter, plataforma que permite que as pessoas doem dinheiro para financiar projetos (ação conhecida como crowdfunding). Eles queriam US$ 950 mil, e em oito horas ultrapassaram US$ 1 milhão.

O videogame quer mudar o mercado. Ele será aberto para qualquer produtora incluir jogos, sem a necessidade de selos. Hoje em dia, EA, Activision, Sony, Microsoft, entre outras, "contratam" empresas de desenvolvimento para criar seus jogos e eles fazem o processo de distribuição. Com o Ouya, a empresa de criação pularia essa etapa e disponibilizaria seu título diretamente na rede do console.

A única exigência que a Ouya faria seria: o jogo deve ser gratuito, pelo menos por um tempo de teste. A empresa pode cobrar, contudo, para liberar novos níveis de jogo, armas, vender facilidades ou fazer propaganda dentro do game.

Pelas especificações, a máquina parece ser potente. Ganha, por exemplo, de Wii, Xbox 360 e Playstation 3 quando o assunto é hardware. Wii U, Playstation 4 e Xbox 720 ainda não tiveram seus detalhes divulgados, mas, com base em rumores, seriam mais potentes que a máquina.

Em um primeiro momento, contudo, o Ouya sairia atrás no quesito mídia. Sony e Microsoft têm parceiros fortes e, com o auxílio da internet, fazem seus consoles virarem verdadeiros centros de mídia, com acesso a sites, filmes, músicas, vídeos do Youtube. A Nintendo chega com sua nova rede social ao Wii U, a Miniverse. Rumores dizem que a Valve, que é a mais "atrasada" com seu console, que pode nem chegar ao mercado, estaria fechando parceria com a Apple, para contar com a Apple TV. O Ouya tem como diferencial a facilidade de compatibilidade com aplicativos Android.

Caso chegue ao mercado, contudo, o console pode contar com o "boicote" dos grandes selos, que detém games como Call of Duty, Fifa, Battlefield, UFC etc. Estes jogos seriam "bem vindos" ao videogame pela empresa, porém, com a liberação para que desenvolvedores ignorem os selos, eles podem optar por não disponibilizar seus games.

O Ouya ainda aposta no preço. A empresa diz que vai vender o console a um valor inferior a US$ 100.


A dona da ideia

Depois de anos trabalhando na indústria dos games, Julie Uhrman resolveu largar seu emprego e começar uma empresa com a missão de criar uma plataforma livre para os games. Antes de começar seu projeto, ela trabalhou dez anos e liderou empresas como IGN, Gamefly e a Vivendi. 

Ela afirma que sua missão é dar a opção a todos os desenvolvedores de jogos de poder mostrar seu trabalho e prestar o melhor serviço possível para os gamers com sua plataforma livre.



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